Esta semana o Valor Econômico traz a notícia de que o fundo soberano da Noruega, o maior do mundo, anunciou um novo plano de ação para a emissão zero de gases do efeito estufa até o ano de 2050.
Recentemente publicamos informativo sobre o crédito de carbono e a posição legislativa sobre o tema no Brasil, destacando a importância da atenção sobre as questões climáticas e a regulação do crédito de carbono (leia mais aqui).
O Fundo, constituído com as receitas de royalties da exploração do Petróleo auferidos pelo governo da Noruega e, portanto, pertencente ao soberano estado da Noruega, aloca seus recursos em investimentos distintos, não obstante os critérios de alocação dos recursos sigam diretrizes objetivas, notadamente em relação à sustentabilidade dos investimentos, especialmente, em relação os impactos ambientais.
A notícia destaca o impacto geral dessa ação no Brasil, uma vez que o referido fundo investe em mais de 174 empresas no país, somando, segundo a notícia, US$ 4,5 bilhões.
Critérios claros e objetivos no tocante à gestão dos recursos investidos, notadamente, regras claras de transparência, prestação de contas e, especialmente, um dever de orientação de negócios no sentido de observarem práticas sustentáveis, que permitam mitigar os efeitos das alterações climáticas, tem garantido ótimos retornos financeiros.
Tais critérios revelam a aposta certa do referido fundo que, desde a sua constituição, tem proporcionado rendimentos significativos ao povo da Noruega.
Trata-se de um exemplo concreto de como à observância de práticas sustentáveis aos negócios não deve ser mais admitida como uma “onda” a ser aproveitada enquanto dura, mas como um “caminho” inevitável, de que retornos financeiros ótimos não se sustentam sem a observância do dever ético de garantir a sustentabilidade das gerações futuras.
Para saber mais sobre o fundo soberano da Noruega veja – Fundo Soberano da Noruega: história, estratégia, investimentos e rentabilidade – Rankia Portugal
Fabio Esteves Pedraza
Julia Carvalho Voltani
